15.6.21

Corte de Névoa e Fúria #2 || Sarah J. Maas


Antes de começar a escrever meus comentários sobre o segundo livro, fui lá ler a resenha do primeiro, como de costume. Gente, como eu estava errada ao pensar que não precisava de continuação... deixo no fim do post o link para a resenha de Corte de Espinhos e Rosas e a partir daqui, tudo pode ser spoiler caso você não tenha lido o primeiro. Eu comecei a leitura de Corte de Névoa e Fúria ano passado. É um livro grande e na época eu não fiquei tão envolvida assim, mas quem já viu algo sobre essa série provavelmente deve ter lido o quanto é maravilhoso e favorito. As pessoas costumam gostar muito e isso atiçou minha curiosidade para continuar a leitura este ano e foi o que fiz, peguei para ler e fui até o fim.

Esse segundo livro vai começar com a Feyre aprendendo a lidar com a imortalidade, com sua parte feérica que lhe foi dada assim que quebra a maldição de Amarantha. Tudo parece bem com ela vivendo com Tamlin, só que o que aconteceu em Sob a Montanha marca Feyre de uma forma que ela não consegue lidar bem. Seu relacionamento com Tamlin fica abalado, porque nenhum dos dois conversa sobre o assunto e Tamlin passa a controlar a vida de Feyre, não a deixa sair, ter contato com outras pessoas. Ela se sente sufocada, presa, passando os dias sem ter o que fazer e as noites tendo pesadelos. As brigas com Tamlin se tornam frequentes. Os únicos momentos em que ela se sente bem, é cumprindo sua dívida passando alguns dias do mês na Corte Noturna ao lado de Rhys.

Tamlin me dera tudo de que eu precisava para me tornar quem era, me sentir segura, e, quando conseguiu o que quis, quando conseguiu o poder de volta, as terras de volta... parou de tentar. Ainda era bom, ainda era Tamlin, mas estava simplesmente... errado.


A relação da Feyre com o Rhys vai se desenvolver à medida que ela descobre que estava errada sobre ele. No primeiro livro temos uma visão superficial desse personagem, e aqui no segundo conhecemos mais camadas e mudamos de opinião assim como ela. O Rhys tem uma casca dura, que ele usa para suportar vários abusos e problemas envolvendo a sua corte. Ele faz o que é necessário para sobreviver e manter seu povo protegido. Aconteceu comigo, lendo a estória, o que acontece com a Feyre: seu sentimentos mudam e se antes o Tamlin era o cara especial dessa estória, a partir do segundo é o Rhys. E entre eles rola uma coisa mais séria do que só amor e casamento. Quem leu A Irmandade da Adaga Negra vai saber do que estou falando, ou não. Deixo aí uma pulguinha.

Junto com o Rhys, a Feyre vai descobrir que o que aconteceu em Sob a Montanha foi só o começo dessa luta entre feéricos e humanos. Isso é antigo e envolve personagens que ela achava estarem mortos. Ela vai ter um aprendizado sobre o que pode fazer com os poderes que lhe foram dados pelos sete Grão-Feéricos. Vai aprender a lutar, se defender e o que quer. Acho que o grande aprendizado da protagonista é ela descobrir o que quer e principalmente o que não quer, no caso viver em um relacionamento em que ela não tenha liberdade. A Feyre e o Rhys dão certo porque ele a trata como uma igual e não algo que vai quebrar e precisa ser protegido. Ele quer a parceria dela, contar com ela, estar ao lado para o que der e vier. Diferente de Tamlin.

O poder não pertencia aos Grão-Senhores. Não mais.
Ele pertencia a mim; assim como eu só pertencia a mim, como meu futuro era meu para decidir, para forjar.


Aqui os personagens secundários vão chamar a atenção em muitos momentos. Quando vai para a Corte Noturna, a Feyre conhece os amigos íntimos de Rhys e todos eles são interessantes e dariam bons livros. Acredito que a autora esteja fazendo isso com o lançamento mais recente, Corte de Chamas Prateadas, que conta a estória de uma das irmãs de Feyre, Nestha. Ela chama a atenção desde o primeiro livro e nesse segundo também, ainda mais quando a gente percebe que pode rolar algo entre ela e um dos amigos de Rhys. Vale dizer que essa série é para maiores de 16 anos, pois tem várias cenas sensuais e algumas eróticas, mais para o fim do livro. Não é algo explícito, mas fica o aviso para quem se incomoda com isso. Eu adorei a interação entre a Feyre e o Rhys e acho que eles combinam muito.

Novamente venho na sinceridade dizer que essa não é uma série de livros fácil, pelo menos não para mim que não estou acostumada a ler fantasia. O universo feérico tem muitos detalhes, guerras, personagens, nomes, que nem sempre é fácil de assimilar. Tanto que durante a leitura eu marquei dois momentos de explicação que são primordiais para entender os próximos passos da estória para voltar quando eu me perdesse. Mas mesmo sendo um livro difícil, e tendo parado a leitura de um ano para o outro, eu adorei. Quando vai chegando no final e as revelações vão vindo, eu não consegui parar de ler e fui até concluir. Tem umas reviravoltas muito legais e que dão o gancho para o próximo, que é o final dessa trilogia inicial. Valeu todo o esforço para chegar ao fim e eu só estava esperando fazer esta resenha para pegar o terceiro, que pretendo finalizar ainda em 2021. 

- Às pessoas que olham as estrelas e desejam, Rhys.
- Às estrelas que ouvem e aos sonhos que são atendidos.

Corte de Névoa e Fúria #2
Sarah J. Maas 
Galera Record: Facebook/Instagram

Confira a resenha do primeiro livro da série:

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