Rogai por Nós || Disponível nas plataformas digitais
Crítica por Marcelino Nobrega
Imagem cedida pela Sony Home
Rogai Por Nós é um filme de terror. Como filme de terror, para quem é racional, toda lógica
tem que ser deixada de lado. Mas essa película abusa da sua ilogicidade, é até risível em
algumas cenas. Os furos no roteiro são enormes, os personagens têm mudanças de postura
abruptas e sem sentido, a estória em si não bate. Isso importa? Na verdade, não, a proposta
do longa-metragem é ser um terror simples, com passagens que te fazem pular da cadeira,
com um final redentor, mas que deixa ganchos para uma sequência. Simples assim!
É muito bom que existam filmes como esse! Diversão descompromissada, cheia de sustos
legais e que te façam esquecer do mundo real por algum tempo, nesse caso 99 minutos. O
astro da televisão Jeffrey Dean Morgan, o Negan de The Walking Dead, interpreta o jornalista
Gerry Fenn. Profissional que perdeu a credibilidade no meio por inventar reportagens, Gerry
vai a uma pequena cidade investigar estranhos sinais em vacas, brincadeiras de adolescentes.
Mas lá acaba se deparando com uma notícia de verdade, milagres aparentemente de Nossa
Senhora, um caso de uma jovem surdo-muda que começa a falar, ouvindo mensagens de
Maria, a mãe de Jesus.
Imagem cedida pela Sony Home
O espectador porém, devido um prólogo, já sabe que a Maria milagreira é uma bruxa adepta
do satanismo que foi enforcada no terreno da igreja dessa pequena comunidade no século XIX
e que teve sua alma aprisionada em um boneco. Prisão da qual o jornalista a libertou quando
quebrou a boneca para forjar a reportagem das vacas. Então o Gerry, mesmo sendo cético, é o
libertador deste Mal e o responsável pelas tragédias que sucederão, principalmente para Alice
(Cricket Brown), a linda jovem surda-muda que corre o risco de perder sua alma.
A partir daí, é uma sucessão de sustos de fazer pular da cadeira, com pitadas de crítica à Igreja
Católica que se aproveita das aparições da suposta Virgem Maria para transformar a
cidadezinha em um santuário e assim atrair milhões de fiéis. Mas aí é ligar o off, esquecer os
furos no roteiro, e ver como o incrédulo Gerry vai salvar Alice e derrotar a bruxa Maria, uma
assustadora entidade que planeja, através da fé dos incautos, levar suas almas ao inferno.
Terror esquecível e que diverte enquanto está passando, não espere mais que isso. Com
efeitos especiais medianos e já clichês, é aquele filme que já se assistiu parecidos dezenas de
vezes, mas que o fã de terror volta a ver porque se diverte horrores! Assistam e levem alguns
sustos! Nota: 5/10.
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