O primeiro artigo é de Erich Fromm, 1961, e ele fala sobre outras distopias que também trazem esse sentimento negativo em relação ao futuro, além de questionar a possibilidade do que torna o homem, homem, ser modificado até que não fique nada. Nesse artigo o autor também questiona como Orwell trabalha a verdade, sendo um complemento da realidade. Se eu não vi, vivenciei, então não é verdade.
Ben Pimlott, 1989, e Thomas Pynchon 2003 me chamaram a atenção com as reflexões sobre o "duplipensamento", que é ter dois pensamentos opostos sobre um mesmo assunto. Eles falam que por mais absurdo que isso pareça, todo mundo hoje pratica o "duplipensamento" sobre alguma coisa. Dai eles citam a questão de países terem bombas atômicas, terem armamento pesado, e serem a favor da paz. Pregamos a paz, mas estamos preparados para a guerra. Casou certinho com esse momento de guerra na Ucrania que estamos vivendo.
O Thomas ainda vai comentar um pouco sobre a língua nova que existe no livro e em como o ato de falar é importante para a expressão de ideias, de ter palavras que exprimam aquilo que sentimos e com o que não concordamos. Como um individuo dessa sociedade vai expressar o que lhe desagrada se não existe palavra capaz de passar isso? Essa nova língua na verdade é a redução de palavras até que um pensamento crítico não seja capaz de ser expressado. Bons textos de apoio e espero que a próxima edição traga um mais atual.
1984
George Orwell
Onde comprar (links comissionados):
Postar um comentário