Batman || Estreia dia 3 de março de 2022
Crítica por Natasha Soares
Imagem: Reprodução
Um dos filmes mais esperados do ano, chega aos cinemas nesta quinta-feira (3), o tão
aguardado Batman, recheado de expectativas. Dirigido por Matt Reeves, dessa vez o homem
morcego é interpretado por Robert Pattinson, e traz um universo totalmente desprendido do
que foi visto em Batman vs Superman e Liga da Justiça nos anos anteriores. É outra história, é
outro elenco, é tudo diferente.
As expectativas dos fãs estão altas, primeiramente, apenas por se tratar de uma nova história
de um dos super heróis mais queridos e aclamados do planeta. Batman, por si só, já traz uma
bagagem de afeição e fanatismo apenas por ser quem é. Contudo, os trailers lançados e, as
primeiras impressões positivas divulgadas pelos jornalistas especializados, fidelizaram mais
ainda a crença de que o filme de Reeves será mais um golaço no universo da DC. Pois bem,
The Batman debutou no Rotten Tomatoes com média de 94% de aprovação dos críticos - uma
porcentagem bastante promissora quando estamos falando sobre um filme de super herói.
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Se a expectativa foi de fato atendida? A resposta é um sonoro sim! Batman é um filme que não
está de brincadeira. A premissa é agradar os fãs do personagem e, carregar junto deles,
aqueles que não curtem esse tipo de filme. É uma história para quem gosta do Batman, que
acompanha todas as jornadas de Bruce Wayne e cia, seja nos quadrinhos, seja em qualquer
outra mídia, mas também aqueles que não sabem sequer a origem do cavaleiro das trevas.
No trabalho de Matt Reeves, inclusive, o foco não é o início da história do personagem. Já
conhecemos ela de ponta a cabeça. Quem não conhece poderá checar em diversas obras
espalhadas ao redor do mundo. Aqui não estamos falando de Thomas e Martha Wayne,
embora, sim, eles sejam citados e, sim tenham uma importância eficaz para o enredo do filme.
Entretanto, aqui, a história a ser contada é um mistério que precisa ser desvendado pelo
protagonista. Matt Reeves entrega um roteiro instigante ao se aproximar de um Batman muito
mais detetive do que um vigilante que distribui socos o tempo todo.
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Com isso, o longa aborda uma dinâmica investigativa, onde um decisivo mistério tende a ser
resolvido. É o Bryce Wayne usando mais o cérebro do que os músculos malhados do corpo.
Essa abordagem faz com que o telespectador fique atento a cada fato, a cada detalhe
mencionado, exposto claramente ou não em cada cena. É o público trabalhando junto com
Batman, Selina Kyle e Jim Gordon ao decifrar os enigmas mortais do grande vilão do filme: O
Charada, interpretado brilhantemente por Paul Dano. Neste filme, temos um Charada longe
de ser espalhafatoso como é representado em diversas produções de Batman. Paul Dano dá
vida a um vilão envolvente que mexe com o psicológico de suas vítimas de forma inteligente e
calculada.
A mente, inclusive, é o que Matt Reeves mais trabalhou no filme. O diretor explora a
personalidade vulnerável de Bruce Wayne, os medos e os traumas do personagem, mostrando
como ele lida com isso. Acompanhar a jornada do herói é uma aventura que vale bastante a
pena, pois a narrativa não enrola, não "enche linguiça", pelo contrário, é tudo bem dissolvido
em todos os momentos. Foi tudo tão bem construído que não dá pra sentir as quase três horas
de duração passarem devagar.
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Quando anunciado para interpretar o papel de um dos personagens mais amados do universo
dos quadrinhos, a escolha de Robert Pattinson para o papel, foi bastante criticada. Apesar de
ter em sua carreira vários filmes com personagens bastante diversos, o grande público ainda
carrega na memória um estigma negativo de Pattinson por causa do seu personagem mais
famoso: o vampiro Edward Cullen, papel que interpretou de 2008 a 2012 na franquia
Crepúsculo. Robert foi alvo de críticas pesadas por conta de sua atuação nos filmes. De lá pra
cá já são 14 anos em que Pattinson se dedica a vários outros trabalhos, boa parte deles em
projetos que passam longe de ser um blockbuster.
Estigmas a parte, bastou o primeiro trailer do filme para que a opinião pública lhe desse o
benefício da dúvida em poucos segundos de vídeo. Aqueles que torceram o nariz
precipitadamente para o ator, tiveram a esperança de que Pattinson, talvez, não fosse uma má
escolha para ser o novo Batman, afinal das contas.
Após a estreia de Batman nos cinemas, Robert deverá entra no clã de adoração dos fãs do
homem morcego. Alguns que já assistiram ao longa em sessões privadas, estão dizendo que
ele é o melhor ator que interpretou o cavaleiro das trevas nos cinemas. Se foi pela emoção do
filme, ou se foi pelo excelente trabalho que Robert desempenhou, ainda é precoce a se
afirmar, mas o fato é que temos um novo Bruce Wayne do jeito que os fãs apreciam.
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É importante mencionar que o elenco foi escolhido a dedo. Eleita para dar vida a nova Mulher
Gato, Zoe Kravitz cai como uma luva no papel de Selina Kyle. A atriz sabe dar um ar sensual e
dramático na medida certa do qual a personagem precisa. A química entre Zoe e Robert é um
dos pontos principais do filme. Irreconhecível na pele do vilão Pinguim, Colin Farrell dá um
show de interpretação, chegando a arrancar boas gargalhadas do público em alguns
momentos do filme, com tiradas sagazes e divertidas.
Outro “personagem” importante é a canção Something In The Way, da banda grunge Nirvana.
A composição de Kurt Cobain conduz o ato de abertura e a finalização da história de
Bruce/Batman e, ela não está ali à toa. A música dá o tom sombrio e solitário que Bruce
desempenha no longa. Para os mais atentos, Something In The Way é representativa ao
embalar a transição do herói durante a história: o que ele acreditava ser no início do filme, e
no que ele se transformou durante a narrativa.
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Batman é um filme muito aguardado e não peca em atender às expectativas do público. Ele
corresponde aos anseios dos mais fanáticos e agrada bastante os fãs de Robert Pattinson, ou
qualquer pessoa que não faça parte de nenhuma dessas duas bolhas. Em se tratando de filme
solo, Christopher Nolan pode ficar tranquilo, pois seu legado está em boas mãos na direção de
Matt Reeves.
Para aqueles que esperam cenas pós crédito a resposta é positiva. Sim, há somente uma cena
pós crédito. Se ela dá alguma pista sobre o que está por vir no universo do Batman Pattinson?
Bom, o conselho é ficar até o final para saber.
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