Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos || Estreia dia 3 de junho de 2021
Crítica por Helen Nice
Imagem cedida pela Sinny Assessoria
A mãe Rose, o pai Jack e os três filhos viviam nos arredores de Londres, em um local cercado de muito verde e um rio, onde a imaginação das crianças podia correr solta. Navios piratas, espadas, meninos perdidos, chás da tarde com um coelho de pelúcia. Tudo era possível.
Mas uma tragédia se abate sobre a família, desestruturando- a completamente.
A mãe antes serena e atenciosa, se torna apática e distante. O pai, um artesão de talento, se perde no vício do jogo e contrai dívidas.
Imagem cedida pela Sinny Assessoria
A história também aborda um aspecto social bem importante. Rose é de uma classe social elevada e se afastou da irmã Eleanor ao se casar com Jack, de classe mais simples e negro. A irmã insiste em cuidar das crianças para lhes dar uma educação requintada, o que causa discórdia na família.
Jack, por sua vez, também tem questões familiares ocultas e mal resolvidas com o pai e um irmão com atitudes suspeitas.
Apesar do roteiro prometer contar o que aconteceu anteriormente com Alice e Peter, este não é um conto de fadas. É mais uma análise psicológica dos traumas causados nas crianças. O roteiro é pesado, arrastado e deprimente. Longe de um filme indicado para crianças. Não espere encontrar fantasia. É um tema adulto e reflexivo. Uma reimaginação livre e bem distante dos clássicos originais. Há apenas referências como tentativa de ligação entre as histórias.
O elenco de peso, fotografia e figurinos encantadores são os principais atributos desta produção. Os efeitos também são bons.
Porém o roteiro é confuso, tanto quanto as cabeças destas crianças expostas à problemáticas adultas demais para a idade. Morte, depressão, álcool, problemas financeiros, representatividade, classe social, questões familiares, violência.
Só mesmo fugindo para um mundo de fantasias para sobreviver à tanta pressão.
Assista... mas vá preparado!
Um comentário
Já quero assistir, amei a premissa
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