1.3.22

The Batman

The Batman || Estreia dia 3 de março de 2022
Crítica por Marcelino Nobrega

Imagem: Reprodução

Esqueçam o mundo gótico de Tim Burton e as nuances realistas de Christopher Nolan, estamos adentrando o universo trágico-romântico de Matt Reeves. Muito som e fúria, como diria nosso amigo Shakespeare! Bruce Wayne (Robert Pattinson) e Selina Kyle (Zoe Kravitz) são almas amaldiçoadas com passados trágicos e, que entre beijos e lutas, seguem destinos separados, exemplificado numa bela metáfora de motos tomando rumos opostos. 

Nessas três horas de filme, os principais personagens têm muitos segredos em comum, acontecimentos tristes e cruéis que moldaram suas personalidades. À medida que estes mistérios vão sendo revelados ao público, Matt Reeves aprofunda os personagens com nuances trágicas, onde vingança e esperança são faces da mesma moeda, escolhida por cada um deles em determinados momentos de suas vidas. 

O Batman é uma figura quase mítica, o deus do horror e da escuridão, mas estranhamente humano e sensível na interpretação de Robert Pattinson. Esqueçam as piadas com relação a Crepúsculo, ele é um excelente ator! Zoe Kravitz faz uma Mulher Gato que é pura fúria e revanche, seu envolvimento com o homem morcego faz o espectador torcer por esse casal improvável. Suas escolhas ao final dão esse toque romântico tão interessante ao filme, uma cena de separação ao estilo Casablanca não é para qualquer diretor. Os vilões são cruéis e loucos, extremamente violentos e inteligentes. Pinguim, Charada e os mafiosos dessa Gotham tão corrupta fazem jus ao panteão dos malfeitores superlativos dessa franquia bilionária. Paul Dano (Charada), Colin Farrel (Pinguim), Zoe Kravitz (Mulher Gato), fazem jus aos seus antecessores. A Gotham, porém, é a grande vilã, seus cidadãos comuns, tão corrompidos e maus, é que fedem a vilania por todos os poros de seus corpos. Não precisam de poderes ou habilidades especiais para se destacar. O mafioso Carmine Falcone (John Turturro) é a maldade pura! 

Imagem: Reprodução

A trilha sonora grandiloquente e onipresente dessa trama detetivesca é extremamente bem pensada. De autoria do oscarizado Michael Giacchino, ela pontua as cenas do filme com muito sentimento, típico dos filmes trágico-românticos. Temos a angústia existencial do Nirvana e o romantismo da Ave Maria de Schubert lado a lado com os sons urbanos de uma Gotham corrupta e podre. Já imagino ela concorrendo aos Oscars do ano que vem. 

Os efeitos especiais são excelentes! Não aparecem computadorizados demais. É uma trama que envolve muitos enigmas e reviravoltas; as cenas de ação são críveis e realistas, Batman sofre bastante em suas lutas. Muitos dos impactos mais legais na imaginação de quem está assistindo vem dos efeitos de edição e fotografia, como nas lutas noturnas e numa longa perseguição de carro. As três horas do longa metragem passam rápido e te deixam com vontade de já assistir as continuações. Estou aguardando com entusiasmo o próximo filme, uma ponta do louco Coringa no final promete bastante! Estreia de 03 de março nos cinemas do mundo todo, esse filme é diversão certa! Nota: 8/10.

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