Aonde quer que você vá || Disponível no Cinema Virtual
Crítica por Helen Nice
Imagem cedida pelo Cinema Virtual
Na produção de 2019, indicada ao Globo de Cristal 2020 na França, como Melhor Filme de Comédia, a diretora Géraldine Nakache interpreta Vali Gasmi e divide o protagonismo com Leïla Bekhti, no papel de Mina Gasmi. Em um roteiro enxuto assinado pela própria Géraldine Nakache juntamente com Rebecca Zlotowski e Yohan Gromb, seremos apresentados à estas duas irmãs de personalidades totalmente opostas.
Vali é cantora, falante e sonhadora. Seus planos giram totalmente em torno da carreira e da possibilidade de fazer parte do próximo show da cantora Celine Dion.
Mina é terapeuta e atualmente trabalha com idosos. Racional e centrada em sua profissão, não entende como alguém pode querer ser coadjuvante em um show, ficando nos vocais e não na frente do palco.
Equilibrando e tentando unir a família está Léon Gasmi (Patrick Timsit), um pai extremamente amoroso e protetor, presente nos mínimos detalhes. Ele prepara marmitinhas para as filhas, com pegadinhas engraçadas, como se elas ainda fossem suas crianças. Muito fofo e divertido.
Imagem cedida pelo Cinema Virtual
Léon esteve presente em todo processo seletivo de Vali, companheiro fiel fez amizade com todos que o conheceram. Agora, na etapa final, uma enfermidade inesperada o impedirá de acompanhar a filha na audição em Paris.
Vali está com o pé machucado e não pode dirigir, então o pai incumbe a irmã Mina de levá-la.
Mina até tenta fugir da responsabilidade e evitar ter que ficar tanto tempo com Vali, mas o pai não lhe dá outra opção.
Serão 4 horas de estrada, que além de uma road movie, se transformará em uma longa terapia para estas duas irmãs.
Para completar, a morte do marido e empresário de Celine Dion, René Angélil, vítima de um câncer na garganta, adia os testes, obrigando as irmãs a passarem mais um dia juntas.
Uma comédia leve, tendendo mais ao drama, com situações surreais que levarão à reflexão sobre o papel da família e os motivos que unem ou separam seus membros. Risos, lágrimas, brigas, reconciliações. Dramas existenciais que as colocarão frente a frente, expondo velhas feridas.
O pai amoroso será o vínculo de união.
Seguindo uma linha bem conhecida de relações familiares, que agrada o público, sem grandes novidades.
Com uma trilha sonora envolvente, incluindo sucessos de Celine Dion, a produção faz uma bela homenagem à cantora franco canadense. O título original é o nome de uma canção de Celine.
O filme chega aqui, em um momento delicado na vida da cantora, que enfrenta uma séria enfermidade que a obriga a estar fora dos palcos.
Uma boa dica para o fim de semana! Disponível no Cinema Virtual.
Postar um comentário