18.7.21

14 dias, 12 noites

14 dias, 12 noites || Disponível no Cinema Virtual
Crítica por Helen Nice

Imagem cedida pela Sinny Assessoria

"14 dias, 12 noites" foi o vencedor do Prêmio de Melhor Fotografia no Le Gala Quebec Cinema 2020, e você irá concordar que foi bem merecido. A fotografia é primorosa, nos trazendo as belezas das regiões geladas do Canadá em contraste com o colorido da cultura peculiar vietnamita. Também foi o representante do Canadá na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2021. Mais um excelente motivo para você colocá-lo em sua lista de desejos. Dirigido por Jean-Philippe Duval, com roteiro de Marie Vien, tem no elenco Anne Dorval (Isabelle), François Papineau (Pierre) e Leanna Chea (Thuy), entre outros. 

Uma história extremamente tocante que aborda temas como luto, superação de traumas, reconciliação com o passado e busca de paz interior. A narrativa começa em 09/07/1991 quando aconteceu a Cerimônia de Decisão de Adoção da criança Diên Lê pelos pais adotivos Pierre e Isabelle.Um ano antes deste fato, a bebê havia sido levada pela avó para o orfanato em Pequim e cuidada por uma funcionária, como se fosse sua própria filha. Um salto no tempo. Estamos em 2008. Uma senhora muito distinta, deixa sua confortável residência na gélida paisagem canadense e chega às ruas estreitas e movimentadas de um bairro de Hanói, Vietnã. A partir daí vamos acompanhar a viagem física e emocional da melancólica oceanógrafa Isabelle, tentando reconectar sua vida e de sua filha Clara com um passado distante e um país desconhecido, na tentativa de reconstruir suas emoções. 

As crianças são a voz do mundo, sem elas nosso planeta não teria futuro.

Imagem cedida pela Sinny Assessoria

Perdida em seus sentimentos e ainda abalada pela morte precoce e repentina da filha, Isabelle faz dessa peregrinação uma fuga particular em busca de respostas à perguntas que nem ela mesma sabe quais são. À princípio ela procura pela pessoa que cuidou da bebê no orfanato e é recebida friamente. Um País marcado pelo pós guerra. Mais tarde, um bilhete a levará a conhecer Thuy, guia de turismo, com um passado marcado por dor e sofrimento. Isabelle e Thuy irão permitir que as memórias venham à tona, unindo essas duas mães que sofrem em silêncio. 

Uma jornada de luto e perdas, revelando o outro lado do ato de adoção, muitas vezes sem o consentimento da mãe biológica. O roteiro se utiliza de idas e vindas no tempo para explicar a narrativa, de maneira bem lenta e arrastada. Entretanto, a carga emocional da trama e a fotografia compensam qualquer coisa. A trilha sonora também colabora para manter o clima triste. Assista e prepare os lencinhos!

Eu não desisti dela, foi tirada de mim.
 

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