O que será? || Disponível no Belas Artes À La Carte dia 21 de maio de 2021
Crítica por Marcelino Nobrega
Imagem cedida pela Sinny Assessoria
Dramédia italiana, este filme trata da vida de um canceroso italiano antes de um transplante
de medula que pode salvá-lo. Drama com toques de comédia, com o típico histrionismo
italiano e sua gritaria característica, ela nos fisga por seus personagens humanos e cheios de
defeitos e também qualidades. É um roteiro feel good, o final é feliz, mas bem comovente nas
suas passagens tristes e melancólicas.
Bruno Salvati (Kim Rossi Stuart) é um diretor de cinema quarentão que devido um acidente
cômico na rua, descobre-se, após exames médicos, com câncer e precisando de um
transplante de medula. A médica que o atende pede que ele procure irmãos e filhos como
possíveis doadores compatíveis. Aí descobrimos que Bruno é separado da esposa, com dois
filhos, uma moça responsável e um rapaz cheio de neuroses, sem irmãos e com um pai com
quem ele vive em conflito desde a infância.
Os filhos devido a genética até poderiam ser doadores, mas por serem alérgicos não podem se
submeter à cirurgia de transplante sob risco de vida. Não se encontra no banco mundial de
doadores ninguém compatível e o Bruno entra em pânico, percebendo que a morte está se
aproximando. Mas eis que surgem segredos familiares e uma possível saída se apresenta.
Imagem cedida pela Sinny Assessoria
Kim Rossi Stuart é um bom ator e demonstra bem as facetas e mudanças de humor por que
passa alguém muito doente e condenado a uma morte prematura. O elenco de apoio é muito
simpático e as situações, mesmo tristes, são leves e agradáveis. Temos uma médica e
enfermeiro empáticos, uma família briguenta mas ao mesmo tempo calorosa, personagens
que surgem para apoiar o diretor nesse momento tão triste da sua vida. Além disso, nos
delírios induzidos pela morfina, lembranças do passado ressurgem, inclusive uma dele criança
recebendo uma boneca do pai, situação explicada já quase no final do filme de 101 minutos.
O roteiro é leve, engraçado e triste ao mesmo tempo. A montagem se alternando entre várias
linhas temporais é bem eficiente e clara, dando uma dinâmica agradável ao filme, cenas
sofridas e cômicas se sucedendo rapidamente e instigando o espectador a acompanhar o
desenrolar do drama e se interessar por seu final. A trilha sonora também é bonita. É um filme
construído para ser prazeroso, seu intuito é fazer o espectador se sentir bem na rodagem dos
créditos finais.
Um comentário
Parece ser bem interessante, anotei a indicação
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