Amor, Casamento e outros Desastres || Estreia dia 20 de maio de 2021
Crítica por Helen Nice
"Não desista da loucura. É o que faz do amor, Amor!!"
Imagem cedida pela California Filmes
Se você se lembra do filme "Simplesmente Amor", vai se interessar por esta comédia romântica escrita e dirigida por Dennis Dugan, que segue a mesma fórmula. Várias histórias que se desenrolam ao mesmo tempo e se conectam no final, de alguma maneira. Não é uma ideia original, mas é algo que pode agradar.
Aqui a história principal gira em torno da impulsiva Jessie English (Maggie Grace). Com sua vida amorosa beirando o caos total desde que ela ganhou a fama de "destruidora de casamentos" ao literalmente cair de paraquedas sobre os noivos à beira de um lago. Não sem antes jogar seu noivo, agora ex, no meio das águas.
As imagens do desastre viralizaram, tornando Jessie uma celebridade às avessas.
Por ironia do destino Jessie trabalha na área de eventos matrimoniais e acaba de ser contratada para organizar o cerimonial das bodas do candidato à prefeitura de Boston, Robert (Dennis Staroselsky) e sua noiva Liz (Caroline Portu). Além de ter que rebolar para conciliar os gostos distintos do casal quanto a banda que tocará na festa, ele clássico, ela rock and roll, Jessie ainda tem que encarar o arrogante e presunçoso Lawrence Phillips (Jeremy Irons), um cerimonialista solteirão e perfeccionista, com regras inflexíveis em seu trabalho e vida pessoal.
Alguns amigos de Lawrence que surgem do nada (e somem da mesma forma) arranjam um encontro "às cegas" no meio do expediente. Algumas cenas pastelão um tanto quanto fora de ocasião, mas vamos relevar!
Imagem cedida pela California Filmes
O encontro é com Sara (Diane Keaton) que, com seu jeito peculiar, vai dobrar o jeito turrão e metódico de Lawrence.
E Jessie vai se encantar pelo guitarrista da banda, Mack (Diego Boneta). Paralelamente, teremos a história do irmão/padrinho de casamento Jimmy (Andy Goldenberg) que, atolado em dívidas, se prende literalmente à uma parceira em um programa de televisão, Crash Couples, concorrendo a uma bolada. Mas a parceira em questão se revela ser a stripper Svetlana (Melinda Hill) envolvida com a máfia russa. Aliás os durões da máfia vão render boas risadas.
Em outro canto da cidade está o guide tour, Capitão Richie (Andrew Bachelor) fazendo seu roteiro histórico em um carro anfíbio. Ele vai se apaixonar por uma cliente que viu por poucas horas e só sabe que ela tem uma tatuagem dos sapatinhos da cinderela no pescoço. Ele vai mover a cidade para encontrar seu amor.
Todas as sub tramas serão entremeadas por canções tocadas por uma artista de rua, Jordan (Elle King), em uma trilha sonora bem envolvente.
O próprio diretor, Dungan, faz uma ponta como o apresentador do programa de namoro na tv.
A questão aqui é que são muitas sub tramas com pouco desenvolvimento, o que não permite que o expectador crie vínculos com os casais. Tudo fica superficial e previsível, mas tem uma mensagem boa sobre amor, relacionamento e sobre abrir mão das convicções.
Keaton e Irons estão muito bem nos papéis e dão o peso na história. A cena de Lawrence vendado para se colocar na posição da deficiente visual é realmente muito significativa e amorosa.
Ao final, por coincidência do destino, ou não, todas as histórias convergem para um desfecho comum.
Um filme leve, pastelão, piadas medianas e humor razoável.
Aquele tipo de diversão sem grandes pretensões, para se assistir em boa cia e com um balde de pipocas.
"Muita ordem e rotina é como se perdêssemos a alegria do caos e da sorte! Surpresas fazem se sentir viva!"
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