4.3.21

Lucicreide vai pra Marte

Lucicreide vai pra Marte || Estreia em 4 de março de 2021 
Crítica por Helen Nice 

Imagem cedida pela Atômica Lab

Lucicreide perdeu o chão e a voz ativa em seu próprio lar. Seu companheiro e pai de seus 5 filhos, Dermirréi, sumiu do mapa. Do nada, sua sogra chega de mala e cuia para ficar, já que foi despejada e não tem onde morar. Diante do caos, seu único desejo é sumir para bem longe, de preferência fora deste mundo! Enquanto isso, na casa de seus patrões a coisa também não anda lá essas coisas. Tavinho anda trabalhando muito na escolha do elemento civil que irá compor a equipe da missão que fará uma viagem só de ida ao planeta vermelho. Sua esposa também viaja muito para fugir das responsabilidades do lar e deixa o filho abandonado, tendo apenas Lucicreide como companhia.

Em uma conversinha entre eles, a empregada diz ao garoto sobre sua vontade se viajar para longe. O garoto leva a sério e a inscreve no programa de seleção da Mars Mission. Assim começa a aventura da empregada Lucicreide, que parte para o Kennedy Space Center sem nem ter ideia das dimensões da sua empreitada. E nós ficaremos sabendo tudo que aconteceu, contado pela própria protagonista, enquanto ela dá depoimentos na imigração, explicando de onde veio um certo pen drive oficial encontrado em sua bolsa. 

Imagem cedida pela Atômica Lab

A história dá destaque a elementos da cultura pernambucana usando expressões locais e mostrando comidas típicas, como o famoso bolo de rolo que a empregada oferece ao mico da equipe, e enfatizando o sotaque arretado da personagem. Também se serve de elementos de referência de outros filmes de ficção como Star Wars e Alien, para dar um ar "espacial" à trama. Muito interessantes também as cenas do treinamento de Lucicreide com a experiência no voo gravidade zero, gravadas no Deserto de Nevada. Após um ano de negociações, o sonho de gravar em um lugar tão icônico como a Nasa. 

Destaque mais que positivo para as imagens gravadas em Cabo Canaveral no Kennedy Space Center e a participação especial do astronauta Marcos Pontes. A comédia certamente cairá no gosto do público que já conhece a personagem da tv nos quadros do Zorra Total. Além de divertir, a história também traz algumas mensagens bem sérias e importantes. Com seu jeito arretado e irreverente, a simples empregada dá lições de autoajuda aos outros membros da equipe, mostrando que fugir da família e das responsabilidades, não assumindo a realidade que se vive não é uma boa saída. Que sempre será mais proveitoso encarar a rotina, redescobrir os dons adormecidos e ajudar ao próximo. Que o reconhecimento profissional é sim importante em nossas vidas, porém é a família que sempre estará ao lado nos bons e maus momentos. Que é vital ser autêntico e assumir quem se é. Porque no final, o que conta mesmo é ser feliz! 

A produção da All Screems Films, co produção Fox Films, Telecine e Globo Filmes chega aos cinemas nesta quinta (04). Prestigie o cinema nacional.

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