8.3.21

América Armada

América Armada || Disponível nas plataformas de streaming dia 11 de março de 2021 
Crítica por Marcelino Nobrega 

Imagem cedida pela Sinny Assessoria

Estreando no NOW, Vivo Play e Oi Play dia 11 de março e posteriormente na Globo News em 25 de abril, este documentário de 78 minutos, dirigido a duas mãos pelos diretores Alice Lanari e Pedro Asberg, cumpre bem sua função jornalística de informar, mostrando a realidade de três países da América Latina: Brasil, Colômbia e México, sob o ponto de vista de três pessoas que sofrem e vivenciam com intensidade a realidade de uma América armada e violenta. 

No Brasil, o foco é um jornalista alternativo das redes sociais que denuncia a arbitrariedade dos policiais nas comunidades cariocas, as “favelas”. Na Colômbia, é uma ativista social que reúne as mães de vítimas de assassinato com os agressores presos. No México, é outro jornalista que documenta as milícias que as comunidades indígenas criaram para se proteger dos traficantes da área e dos seus próprios governantes. O documentário se alterna entre esses três pontos de vista, numa montagem ágil e dinâmica, que descortina as histórias dessas pessoas nessa dura realidade. 

Imagem cedida pela Sinny Assessoria

É uma realidade que nós brasileiros conhecemos bem, vivenciada nas nossas ruas e que explode nos nossos jornais. A violência armada é onipresente em nossas vidas. E este filme demonstra bem o quanto isso é comum nas Américas, especificamente na América Latina. Como essa realidade acaba se repetindo em padrões comuns e cujas situações poderiam se repetir em todos os demais países da América Latina. 

Não espere emoções baratas, efeitos melodramáticos, etc, o documentário foca-se na notícia e a emoção é genuína, de ver vidas sendo desperdiçadas, de governos sendo despreparados e coniventes com esta matança e de pessoas trabalhando para tentar mudar isto, obviamente que sem muito sucesso. 

Talvez uma visão mais íntima dessas pessoas e suas famílias tivesse criado uma conexão mais empática, mas é compreensível que isto não tivesse sido filmado, até para proteção de todos os envolvidos. A violência é real e milhares são assassinados todos os anos em nossos países, um enorme desperdício de vidas e gerador de sofrimentos. Documentário triste, mas necessário! Assistam e reflitam! Nota 7/10.

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