Em 2021 a Faro já começa o ano metendo o pé na porta com quatro lançamentos. Confira abaixo e aguarde as resenhas.
Faro Editorial lança edição do clássico “A
Revolução dos Bichos” de George Orwell
Obra sairá pelo selo Avis Rara e capa inspirada na
alegoria real de Orwell
A Faro Editorial lança este mês pelo selo Avis Rara
o
clássico, “A revolução dos
bichos” de George Orwell.
Publicado 75 anos atrás,
a obra
mantém em sua
narrativa alegórica uma reflexão fundamental para os nossos tempos.
Mas ao
longo dos anos, os fatos que inspiraram o autor acabaram perdendo o
protagonismo: a crítica contundente
ao socialismo real que foi posto em prática
por Stálin, e a figuras como Marx, Lenin e Trotsky.
Gerações e gerações de leitores conhecem a fábula política de George Orwell que
mostra a revolta dos animais da fazenda contra os humanos, uma retomada do
poder pela força de trabalho dos bichos. Mas o que parecia ser a utopia perfeita,
acaba se virando contra os revolucionários,
que apenas transferiram
o poder a
um novo tirano.
Os elevados ideais de liberdade, justiça e igualdade são traídos e um novo
regime de opressão substitui a tirania anterior. “Todos os animais são iguais,
mas alguns animais são mais iguais que os outros” passa a ser o único
mandamento e condensa em poucas palavras como
a disputa pel
o poder
pode se
esconder até mesmo n
as causas mais nobres.
Sátira política devastadora e fábula moral na tradição de Esopo, La Fontaine,
Swift e Voltaire.
“As criaturas de fora olhavam de um porco par
a um homem, de um homem para
um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível
distinguir quem era homem, quem era porco
”
Ficha Técnica
Título:
A revolução dos bichos
Nº de páginas:
160
Preço:
R$34,90
Autor de seis romances, além de inúmeros ensaios e artigos,
George Orwell,
pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 1903, na Índia, onde seu pai era alto
funcionário do governo britânico. De 1917 a 1921, cursou como bolsista o
tradicional e aristocrático
Eton College. Porém, depois disso, rompeu com seu
passado burguês,
trabalhou
como operário, lavador de pratos e professor
e, e
m
1937, lutou contra o fascismo
na Guerra Civil Espanhola,
ao lado dos trotskistas
e anarquistas socialistas
até se desencantar com
os crimes cometidos em nome
da revolução.
Seus dois romances mais famosos, A revolução dos bichos e 1984,
são tanto fruto de sua rica experiência de vida, como uma enfática condenação ao
totalitarismo
fosse de qualquer ideologia
.
“A
verdade,
é
claro,
é
que
os
inúmeros
intelectuais
ingleses
que
beijam
o
traseiro
de
Stálin
não
diferem
da
minoria
que
é
fiel
a
Hitler
ou
Mussolini
(...).
Todos
eles
estão
cultuando
o
poder
e
a
crueldade
bem
-
sucedida”.
Orwell morreu de tuberculose em Londres, em 1950.
***
Faro Editorial lança “A garota anônima” das
autoras
Greer
Hendricks
e
Sarah Pekkanen
Conhecidas dos leitores brasileiros com o thriller “A mulher
entre nós”, livro narra um suspense psicológico de tirar o
fôlego
Jéssica Farris
é uma mulher que beira a mediocridade. Sua vida não é o que ela
sonhou
, e ser apenas uma maquiadora artística não é bem o que ela quer para o
futuro
mudar
.
É quando surge uma oportunidade. Jéssica se inscreve numa
espécie de estudo psicológico, com uma re
nomada psiquiatra, que promete
manter o anonimato dos participantes e trazer excelentes recompensas.
E
o
propósito
parecia
nobre: tratava-se de uma pesquisa que poderia mudar
a vida
de outras pessoas, e ainda
ganharia
dinheiro com isso. O que poderia dar
errado?
A Faro Editorial
lança este mês o novo livro de
Greer Handricks e Sarah
Pekkanen
, “A garota anônima”, que já teve seus direitos de publicação vendidos
para mais de 20 países. As autoras
são conhecidas do leitor brasileiro com
o
best
-
seller “A mulher entre nós”, publicado em 2018.
Neste novo thriller,
elas
nos apresentam
o encontro entre
Jéssica Farris
e a
psiquiatra Dr. Lydia Shields.
Tudo parecia ser perfeito: Jessica
responderia
a
algumas perguntas, faria alguns testes de personalidade, ganharia
receberia seu
cheque
e iria embora.
Mas à medida
em
que as perguntas ficam mais invasivas,
Jess começa a sentir como se soubessem o que ela está pensando... e, pior, o que
está escondendo.
E o
que parecia um simples estudo sobre moralidade e ética começa a
tomar
rumos estranho ,
quando Jessica percebe que Dra. Shield sabe exatamente o
que ela está pensando e está manipulando suas ações.
É quando ela começa a
duvidar de tudo, inclusive de si mesma.
Um thriller alucinante que
trata de inúmeros assuntos escondidos
na mente
humana.
Ficha Técnica
Título:
A garota anônima
Nº de páginas:
268
Preço:
R$
59,90
Sobre as autoras:
Greer Hendricks
mora em Manhattan com o marido e dois filhos. Antes de se
tornar escritora, Greer
foi vice
-
presidente e editora da Simon & Schuster. Seus
textos já foram publicados no The New York Times e na revista Publishers
Weekly.
Sarah Pekkanen
vive com o marido e os três filhos em Maryland, nos Estados
Unidos. Seus livros sempre ocupam as listas de mais vendidos. Já escreveu para
vários jornais e revistas como People e Washington Post.
***
Faro Editorial lança nova edição do clássico
“Amor de Perdição”
Obra original de Camilo Castelo Branco vertida para
vocabulário
moderno
do Português
Um dos grandes clássicos da literatura portuguesa, releitura de Romeu e Julieta
foi inspirado nas
dores do próprio autor. Uma história de amor, de perda e
desilusão. Simão amava Teresa, mas esse sentimento não poderia jamais existir.
Mariana amava Simão, mas seu coração seria mora
d
a vazia... a paixão os
rondava, mas ali ninguém seria feliz
para
viver
um grande
romance. O amor
proibido por todas as famílias
. E os amantes
estavam dispostos a
pagar
o
preço.
A Faro Editorial lança este mês “Amor de Perdição” do autor português Camilo
Castelo Branco. Uma obra atemporal, que ganha uma edição integral
,
adaptada
para o português moderno.
Em mais de 160 anos de mudanças linguísticas em nosso português, a edição da
Faro busca aproximar o leitor do clássico, sem modificar a característica
narrativa do autor. Um
livro
que trará
o romantismo de Castelo Branco
para o
leitor moderno de forma cativante, capaz de ser compreendido em cada linha.
Considerada uma das principais obras do movimento ultrarromântico, marcado
por idealizações do amor, paixões arrebatadoras e dores que afetam
intensamente a alma, este romance
atravessa décadas com a jovialidade de seus
protagonistas: Simão, Teresa e Mariana.
Simão, um jovem de 16 anos, comete um crime contra o pretendente de sua
amada. É jogado na cadeia enquanto espera sua pena: prisão ou exílio nas
Índias.
Teresa é igualmente
afetada, posta em clausura, e Mariana, a jovem
humilde que alimenta secretamente uma paixão por Simão, vive todas as
emoções de um amor platônico, devotado, com fios de esperança de um dia ser
correspondida.
“Lembro quando tu me dizias dos teus sonhos de felicidade! Que mal faria a
Deus os nossos inocentes desejos?”
Exemplos do trabalho feito nessa edição de modo a mantê-la viva nas
mãos de todos os leitores, especialmente jovens. Experimente ler os
negritos sem um dicionário de termos antigos ao lado.
- Parece que a fidalguia de Lamego, em todo o tempo orgulhosa de uma antiguidade que principia na aclamação de Almacave, desdenhou
- Parece que a fidalguia de Lamego, em todo o tempo orgulhosa da sua própria origem e antiguidade, desdenhou
- A rapariga, como ouviu os passos do pai, saiu lestamente por outra porta.
- A rapariga, como ouviu os passos do pai, saiu rapidamente por outra porta.
- Salte do cavalo, que há de haver mostarda
- Salte do cavalo, que há de haver confronto
Ficha Técnica
Título:
Amor de Perdição
Nº de páginas:
208
Preço:
R$39,90
Sobre o autor:
Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa, em 1825. Romancista,
cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor, tornou
-
se um dos
maiores escritores portugueses do século XIX. Amor de perdição é sua obra
mais conhecida.
***
“O ano que a Terra parou”, do jornalista
Luciano Trigo chega às livrarias este mês
Obra
analisa os
acontecimentos que
marcaram
o ano de
2020,
escondidos
pelos debates enviesados
e
pelas
discussões ideológicas
Quem poderia imaginar
um ano
em que tudo parou
? A canção profética de Raul Seixas
sempre pareceu a todos nós como uma fantasia divertida. Mas não foi.
Uma pandemia
se espalhou pelo planeta, matou mais de um milhão e meio de pessoas e impôs regras
de confinamento social a populações inteiras, gerando r
ecessão e desemprego em uma
escala inimaginável. Mas isso não foi a única tragédia de 2020. Será esse o pior ano de
todos os tempos?
A Faro Editorial lança este mês pelo selo Avis Rara, “O ano que a Terra parou”, do
jornalista Luciano Trigo. O autor analis
ou os principais fatos que marcaram o ano, e
conecta
a feitos
e eventos de outras épocas
que nos
oferecem
um cenário do que
realmente aconteceu, e como isso nos afetará nos anos vindouros.
Um
ano
que
também ficará marcado pela escalada da insanidade provocada pela
polarização política e pela consolidação de uma agenda que inclui a defesa da censura, a
perseguição a adversários e, na prática, a ditadura
de pequenos grupos de poder
–
tudo
isso em nome da defesa da democracia.
Neste livro, Luciano Trigo examina
o que há
por trás das diferentes manifestações
desse fenômeno na vida cotidiana, sempre buscando apontar caminhos para a sua
superação. E alerta para os riscos decorrentes da erosão dos valores compartilhados,
sem os quais nenhuma sociedade consegue sobreviver.
Uma leitura necessária para entender os tempos muito estranhos que estamos vivendo
–
e para manter o equilíbrio e a sanidade em meio à nova guerra de narrativas.
O autor responde:
Podemos afirmar que 2020 foi o pior ano de todos os tempos?
Seguramente houve muitos anos piores na História, em termos de volume de mortes e
de sofrimento humano, bastando citar os anos do Holocausto nazista, do Holodomor
stalinista e da Grande Fome chinesa, isso para ficarmos só nos genocídios do século 20.
O que
2020 teve de peculiar foi lembrar à humanidade que, no fundo, ela não tem
controle sobre nada nem garantia de nada, que a qualquer momento uma pandemia
pode parar o planeta e provocar a morte de milhões de pessoas.A Covid-19 é um tapa
na cara de uma sociedade que não passou por nenhuma das tragédias citadas acima e
desaprendeu a lidar com o aspecto trágico da existência, daí o seu impacto psicológico e
emocional brutal sobre as pessoas.
Acha que esse cenário ainda deve continuar? E quais seriam as pior
es
consequências?
Vivemos um momento de grande otimismo em relação às vacinas, mas só o tempo dirá
se elas são realmente eficazes e por quanto tempo, se surgirão novas mutações do
coronavírus etc. Acho que o vírus não vai desaparecer, e que algumas mudanças vieram
para ficar. Certamente vamos nos acomodar em algum tipo de normalidade, que será
diferente da anterior, talvez isso seja questão de meses. Mas muito provavelmente a
Covid-19 vai continuar fazendo vítimas, como outras doenças que não existiam até
poucas décadas atrás, e com as quais aprendemos a conviver. O ser humano se adapta a
tudo. Entre as consequências negativas está o aumento do controle da sociedade pelos
governos, suprimindo
-
se liberdades individuais com o pretexto do combate à
pandemia.
O que podemos esperar da sociedade daqui para frente?
O problema é que a pandemia de Covid-19 não foi a única tragédia de 2020, ano que
também ficou marcado pelo acirramento insano da polarização política, pela cultura do
cancelamento, pela defesa da censura, pelo “ódio do bem”, pela vandalização de
monumentos históricos e pelo que se convencionou chamar de “lacração”. Hoje
vivemos uma verdadeira ditadura de grupos minoritários barulhentos, que impõem
suas agendas a uma maioria silenciosa. A razão de viver
desses grupos é impor sua
vontade no grito, perseguindo e esfolando todos aqueles que discordarem.
Estudando possíveis cenários, o que você acha possível acontecer em 2021?
Ainda que contem com o apoio da grande mídia e do meio acadêmico, que continua
totalmente dominado pelo pensamento de esquerda e progressista, muitas dessas
agendas
–
as bandeiras identitárias, por exemplo
–
pela forma agressiva e intolerante
como estão sendo conduzidas, podem acabar provocando uma reação das pessoas
comuns, que estão
vendo seus valores e crenças serem diariamente atacados. A eleição
de Bolsonaro já foi, em parte, uma reação do Brasil real a pautas no campo dos
costumes que são rejeitadas pela maioria dos brasileiros. O Brasil real é muito diferente
da
timeline
das rede
s sociais dos professores, intelectuais e artistas. Mas é claro que o
futuro desse governo e a possível reeleição de Bolsonaro dependerão,
fundamentalmente, do desempenho da economia, como aliás acontece com todos os
governos.
Ficha Técnica
Título:
O a
no em que a Terra parou
Nº de páginas:
256
Preço:
R$ 49,90
Sobre o autor:
Luciano Trigo
é jornalista e escritor. É autor dos ensaios “O viajante imóvel
–
Machado
de Assis e o Rio de Janeiro de seu tempo”, “Engenho e Memória
–
O Nordeste do açúcar
na ficção
de José Lins do Rego (premiado pela Academia Brasileira de Letras), “A grande
feira
–
Uma reação ao vale
-
tudo na arte contemporânea” e “Guerra de narrativas
–
A
crise política e a luta pelo controle do imaginário”. Também escreveu obras de ficção, de
poesia e livros infantis.
Mantém atualmente uma coluna sobre cultura e política na
“Gazeta do Povo” o fascismo ao lado dos trotskistas e anarquistas socialistas. Seus dois
romances mais famosos, A revolução dos bichos e 1984, são tanto fruto de sua rica
experi
ência de vida, como uma enfática condenação ao totalitarismo. Orwell morreu de
tuberculose em Londres, em 1950.
Postar um comentário