O caso Collini || Estreia dia 19 de novembro de 2020
Crítica por Marcelino Nobrega
Imagem cedida pela A2 Filmes
O mistério se instala desde o início do filme, quando o italiano Fabrizio Collini, interpretado
pela lenda do cinema europeu Franco Nero, passando-se por um jornalista, entra no quarto de
hotel do magnata industrial alemão Hans Meyer (Manfred Zapatka) e o mata com requintes de
crueldade.
O jovem e recém formado advogado de origem turca Caspar Leinen, vivido pelo ator Elyas
M’Barek, aceita o caso, sem saber muito sobre os detalhes. Descobrimos então que a vítima
era como se fosse um pai para ele e que os dois netos do ricaço eram seus melhores amigos de
infância. O que fazer? Ele resolve prosseguir com o caso mesmo assim, tentando ser o mais
profissional possível, mesmo que essa escolha o faça ter problemas com a neta do Hans,
Johanna Meyer (Alexandra Maria Lara), seu amor de adolescência.
Imagem cedida pela A2 Filmes
O criminoso não ajuda. Que bom ver Franco Nero, o eterno Django, nas telas! Envolto num
mutismo aterrador, ele se recusa a falar a causa do assassinato e o roteiro do filme se centra
na busca deste porquê. Com várias reviravoltas, o passado volta para assombrar os
personagens e quando se vai desvendando as causas, vê-se como a história de uma nação
pode ser sórdida e cheia de porões fétidos.
O roteiro é excelente! O desenrolar da estória é dinâmico e o destino e passado dos
personagens fisgam o espectador. Filme inteligente e que deixa multas reflexões, com cenas
de tribunal e históricas muito bem montadas e fotografadas, os aspectos técnicos do filme são
excelentes. Fiquei com muita vontade de ler o livro, mas parece-me que ainda não foi
publicado no Brasil. Assistam nos cinemas com todos os cuidados necessários para proteção
de sua saúde e das pessoas que você ama! Divirtam-se! Excelente thriller!
Nota 8,5/10.
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