Eu, como sempre, apaixonada por um romance, peguei Billy & Eu para ler por ser um chick-lit envolvendo uma jovem anônima e um astro de cinema. Lembro que quando esse livro foi lançado ele não causou tanto reboliço mesmo sendo da autora Giovanna Fletcher, mulher do cantor Tom Fletcher (McFly). Na época especulava-se que o livro representava o relacionamento da autora com o cantor. Não sei se é verdade e sendo sincera, não são artistas que eu acompanhe. Sophie May é uma jovem simples, sem muitas pretensões na vida, que mora no interior da Inglaterra, Rosefont Hill, e trabalha em uma casa de chás. Só que esse comportamento de passar despercebida pelas pessoas, vem de um fato que aconteceu enquanto ela era criança e a marcou para sempre. Só conhecemos esse motivo mais para o fim do livro e de uma forma horrível.
A pequena cidade de Rosefont Hill vira de cabeça para baixo quando é escolhida para ser cenário de uma nova adaptação de Orgulho e Preconceito. Billy Buskin, ídolo teen e grande nome da atuação do momento, foi escalado para viver o Sr. Darcy e conhece Sophie por acaso, quando buscava um lugar calmo para estudar o roteiro e encontrou isso na loja que ela trabalhava. A Sophie não sabia quem o Billy era, mas com o avanço da amizade e depois com o caso amoroso ela entende o que é namorar um ator famoso. O livro é separado em 4 partes e todos são narrados pela Sophie, o que não me agradou muito já que a visão do Billy enriqueceria a narrativa. Esse livro tem continuação, que provavelmente não será lançada no Brasil visto que a Phorte Editora não existe mais, então pode ser que tenha alguma versão dele narrando os fatos.
Essas 4 partes acompanham a evolução do relacionamento entre Sophie e Billy, desde como se conheceram, a relação dela com a fama dele, desentendimentos e o fim. O livro me lembrou muito uma fanfic e isso não é uma crítica, mas quem lê muitos livros jovens pode ser que se depare com um enredo já batido. O Billy não é um personagem perfeito, embora a autora tente vender isso e a gente espere pela proposta da estória. Ele tem atitudes de um cara que erra, pisa na bola e vai pela cabeça dos outros. O fato de ele querer ter um relacionamento com uma pessoa anônima porque é real, é uma faca de dois gumes. A Shopie tem a sua vida toda exposta, e é assim que descobrimos seu grande segredo, e não é todo mundo que está preparado para lidar com isso. Ela enfrenta o ódio e julgamento das fãs dele; os pares do Billy que não a aceitam e interagem com ela, o dinheiro excessivo, mas que não é dela... a autora dá muitas situações que parecem ser o cotidiano de um casal anônimo/famoso, que se a pessoa não estiver preparada ela caí fora.
A Sophie tem um amadurecimento importante ao longo da estória. Ela começa como essa garota que está se escondendo do mundo, mas que quando conhece Billy é forçada a encarar a vida de frente para viver esse amor. Ela escolhe se jogar no romance e muda toda a sua vida para se adaptar a de Billy, o que se mostra um grande erro. Acho que mesmo o Billy sendo famoso e tal, e a vida da Sophie ficando de lado em alguns momentos, ela se anula muito na relação e passa a não ter vida própria. Tudo gira na importância que é a carreira do Billy. Mas daí vai ter um momento que ela vai repensar isso e se colocar em primeiro lugar. O livro é um romance, tem cenas fofas e uma personagem maravilhosa chamada Molly, só que ele vem com a proposta de mostrar que não é esse conto de fadas que as meninas imaginam que é se envolver com um homem famoso.
Eu gostei do livro mesmo ele tendo um enredo sem novidades. O romance entre a Sophie e o Billy me conquistou, acho que eu estava receptiva na época que li, então o livro fluiu rápido. Dei 4 estrelas para ele no skoob por causa do final, que foi corrido e isso é um pouco estranho. A autora tomou cuidado em se ater aos detalhes durante o livro todo, ficando algumas páginas em determinadas situações, dai no final correu. Enfim, mesmo com essa questão foi uma boa leitura e se tivessem lançado a continuação por aqui eu teria interesse em ler. Por fim, preciso deixar registrado que a escolha de diagramação da editora para esta obra não me agradou nenhum pouco. Ele segue o padrão estrangeiro com o livro menor, sem orelhas, e aspas nos diálogos. Acho que é importante, pelo menos na parte interna, manter a diagramação brasileira, com travessões nas falas e não aspas; só causa confusão quando o autor coloca pensamentos no seu texto. Não faz o menor sentido usar uma diagramação diferente da nossa.
*Ah, esse livro cita vários clássico, inclusive os meu favoritos, e eu sempre fico feliz quando isso acontece!!
Um comentário
Olá!
ResponderExcluirah, que bacana a ideia de pegar Orgulho e preconceito e tal, deve ser bem divertido.
Beijo,
Samantha Monteiro
Degrau de Letras