Amor à segunda vista || Em exibição no Festival Varilux
Crítica por Helen Nice
É como se fosse uma mesma história de vida contada em duas versões.
Já pensou o que teria acontecido se você não tivesse conhecido aquele seu grande amor? Como teria sido as vidas de vocês dois? É de se pensar, né?
Este filme é engraçado, comovente, emocionante na medida certa. Faz reconhecer como o dia a dia nos afasta do amor verdadeiro e acabamos esquecendo os pequenos detalhes pelos quais nos apaixonamos um dia. Como deixamos de valorizar os talentos do ser amado quando a rotina se instala na vida do casal.
No papel principal temos o lindo François Civil como Raphaël, com trema no "e"!
Desde muito jovem, Raphaël é apaixonado por ficção e está escrevendo um livro cheio de aventura e romance. Seu caderno de anotações é a coisa mais valiosa que ele possui.
Um dia, conhece Olivia, a bela atriz Joséphine Japy, que sonha em ser uma pianista de sucesso e tocar para grandes plateias.
Foi amor à primeira vista. Aquela paixão de colegial. Os dois não se largam, crescem juntos e, como consequência natural, se casam.
O pedido é consumado com o anel da avó de Olivia. O tempo passa, Raphaël se transforma em um autor de renome e tem sua vida voltada somente para os compromissos públicos. Enquanto isso, Olivia passa a dar aulas de piano e abre mão de seus sonhos.
Uma noite, Raphaël está escrevendo o capítulo final de sua saga quando, sob uma nevasca repentina, algo peculiar acontece.
Uma falha tempo/espaço leva ambos para um universo paralelo onde nada é o que parece ser. Raphaël e Olivia nunca se conheceram e suas vidas seguiram caminhos diferentes.
A fotografia bem trabalhada nos carrega neste ir e vir no tempo. Luzes e sombras tornam tudo surreal.
A possibilidade de viajar no tempo e reencontrar o amor negligenciado é fantástico. Pequenos detalhes que já não eram notados, como um prato decorado com carinho, farão todo sentido.
O filme é rico em detalhes e com um humor discreto nos faz refletir. A rotina sempre existirá, porém cabe a nós ver a novidade nos detalhes já conhecidos.
A trilha sonora, com direito a um concerto de piano comovente, é incrível.
Qual a canção favorita do seu amor? Você saberia responder?
Foi loucura e sonho ou a viagem aconteceu realmente? Uma tatuagem marca a pele e mostra que o que foi importante em uma época pode perder o sentido mais adiante.
O amor verdadeiro supera tempo/espaço e ressurge das profundezas da alma.
Com uma essência tipicamente francesa, essa comédia romântica vai divertir na certa!


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