A Chance de Fahim || Estreia em 6 de fevereiro de 2020
Crítica: Helen Nice
"Não se aprende generosidade em livros!"
A ilusão da cidade luz, perfeita aos olhos dos turistas, é também o sonho do pequeno Fahim. Porém, devido à ameaças à vida de seu pai, os dois precisam fugir às pressas para Paris com poucos recursos e jogados à própria sorte. Viajam na esperança de conseguir asilo político. Na França conhecem o treinador de xadrez Sylvain Charpentier (Gérard Depardieu), um homem rígido, cheio de manias, com o mínimo jeito no trato com crianças. Mas ele será a única chance de ajuda para Fahim. Inicialmente rejeitado pelas autoridades francesas, o garoto Farim se destaca no Clube de Xadrez de Creteil. A relação de amizade entre Sylvain e Fahim se estreita, porém para permanecer na França o garoto precisa ser campeão nacional.
O filme tem uma temática bem atual, na medida que mostra as dificuldades que enfrentam os imigrantes ilegais e sua adaptação aos novos hábitos, cultura, língua e o preconceito com o diferente. A imensa diferença cultural na sociedade ocidental é muito bem explorada na convivência de Fahim com as outras crianças e na necessidade de aprender a nova língua para não ser passado para trás. Bem hilário ver como o pai de Fahim encara a necessidade de ser pontual, diferente do costume em sua cultura. Viver em um abrigo para imigrantes e sonhar colorido como em filme de Bollywood. O filme é uma lição de persistência e determinação.
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