Quem viu a resenha de Delírio, ou o vídeo em que comento sobre as melhores leituras do ano, sabe que eu amei o começo dessa trilogia. A minha expectativa para o segundo era alta, mas comedida, visto que a maioria das resenhas que já tinha lido falavam que o livro era aquém do primeiro. Realmente, esse segundo não é tão bom quando o primeiro, mas tem um final de deixar qualquer um morrendo pela continuação. Se você não leu Delírio, pode pegar spoiler do final nos comentários a seguir, pois Pandemônio começa logo depois que o primeiro acaba.
A narrativa do livro muda em relação ao tempo, com um antes e depois, mas ainda é a Lena quem narra. Os capítulos intitulados como antes é que são logo depois que acaba Delírio e trazem a Lena na Selva. Os intitulados agora, são com a Lena na cidade. Com a Lena na Selva nós vamos entender como os Inválidos vivem sem a assistência do governo. Eles moram em cidades que foram destruídas e se viram como podem, sem água, luz, remédios, comida e itens básicos. A Lena da cidade está a serviço da revolta, que lendo o livro vamos entender o que isso significa. A narrativa, e a própria Lena, dão a entender que são duas personagens em uma e realmente é isso. A Lena da Selva está reaprendendo a viver, enquanto a da cidade já é uma personagem com uma visão diferente da de Delírio.
Um mundo sem amor também é um mundo sem riscos.
Eu terminei Pandemônio sem entender o propósito desse livro. A parte da Selva foi a que eu mais gostei e entendo ela fazer parte do segundo, já que o romance entre a Lena e o Alex envolve a Selva e os Inválidos, pessoas que não aceitam a cura do amor. A parte da Selva mostra como as pessoas que não acham que o amor é uma doença vivem, e é nela que a Lena aprende a ver o mundo sem a questão da cura. Ela entra em contato com homens pela primeira vez, vê mortes, vê dificuldades e com isso, o sentimento de revolta contra o governo cresce. É na Selva que ela aprende mais sobre a revolução que ela nem sabia que existia. Tudo isso que ela aprende, nós aprendemos também pelos olhos dela.
A parte da Lena na cidade não encaixou bem para mim. Eu até entendi que esse seria o presente, o depois do aprendizado da Lena na Selva. O que não me convenceu foi ela ter passado uma parte imensa do livro em cativeiro e conhecendo um personagem, Julian, que só veio para atrapalhar, na minha opinião. Acredito que o Julian seja melhor aproveitado no próximo livro, já que ele tem ligação direta com as situações que envolvem um personagem que volta nesse. A questão da mãe da Lena ficou em aberto no primeiro e aqui novamente. Tem uma grande revelação sobre ela no fim desse livro e mais nada.
Em um mundo sem nenhum amor, é isto que as pessoas são umas para as outras: valores, benefícios e encargos, nada além de números e dados. Nós pesamos, quantificamos, medimos e a alma é esmagada até virar pó.
Em Pandemônio o Alex não está presente e quem leu o primeiro sabe porquê. Eu digo que o Julian veio para atrapalhar, porque a função dele é a do Alex no primeiro livro. Para mim não tinha necessidade disso, mas para a grande questão do último livro da trilogia tem. O que vai ficar para o último livro também é a revolta. Os Inválidos contra os Curados e eu espero que tenha mesmo uma guerra, mais ação que nesse segundo, que deixou tudo para o fim do livro. Todas as perguntas ficando para serem respondidas em Réquiem me preocupa; espero que a autora saiba responder essas questões de forma satisfatória.
A autora foi esperta com o fim de Pandemônio, é um cliffhanger que está na minha cabeça até agora. Eu olho para o livro e penso em como as coisas vão acontecer daqui pra frente e fico nervosa. Mesmo com o livro sendo lançado a tanto tempo, eu não peguei spoiler do que aconteceu, então as surpresas serão realmente surpresas. Dei 4 estrelas para o livro, porque gostei da parte da Selva e do final, mas a parte da Lena na cidade foi confusa e só valeu por uma ou outra informação nova. Acho que a autora tentou preparar o terreno para o fim da trilogia, mas se enrolou um pouco com isso. Em breve eu volto com o que achei do grande final.
Pegue algo de nós, e nós pegaremos de volta. Roube de nós, e roubaremos tudo de você. Se nos pressionar, vamos bater.
É assim que o mundo funciona agora.

Lauren Oliver
Editora Intrínseca: Twitter/Facebook
Resenha do primeiro livro da trilogia:
Delírio
Adquira o livro nos seguintes links e ajude o site:
6 comentários
Oi, tudo bem??
ResponderExcluirMenina, eu li tanta resenha negativa sobre esse livro. Tinha uma dizendo até que era o pior que já tinha lido na vida :O Eu não me interessei mesmo na leitura. Enfim, gostei da resenha. Bjs,
www.estranhoscomoeu.com
Olá, Denise.
ResponderExcluirEspero que você goste do ultimo livro. Eu infelizmente não gostei. O primeiro livro foi ótimo, o segundo foi bom, com um final de tirar o fôlego, mas o terceiro achei ruim. E a autora tinha que introduzir o Julian porque na época em que o livro foi lançado estava na moda os benditos triângulos amorosos hehe.
Prefácio
Oi, Denise, como vai?
ResponderExcluirJá tive muita vontade de ler a trilogia, mas fui perdendo ao longo do tempo. Apesar disso, eu acho a premissa de "Delírio" incrível e quando eu encontrar uma oportunidade lerei a obra.
Acho as capas da trilogia lindas *-*
Abraço!
Tudo Online
Oie Denise =)
ResponderExcluirNão li nenhum livro dessa trilogia, mas confesso que embora as resenhas que li até hoje tenha sido no geral bem positivas, essa é uma trilogia que não me chama muito a atenção.
Ótima resenha!
Beijos;***
Ane Reis | Blog My Dear Library.
Achei a capa dele, com esse brilho metalizado muito bonita :)
ResponderExcluirEu sabia bem pouco dessa trilogia, mas lendo sua resenha, até me despertou um certo interesse :)
www.vivendosentimentos.com.br
To loucaaaa pra ler essa trilogia! Sempre procuro nas livrarias, mas sempre não tem mais!! To amando seu blog, conheci agora e já quero ler tudo haha. To seguindo pra não perder nada <3
ResponderExcluirxox
Próxima Primavera
Participe do sorteio de 1 ano do blog (2 livros + brinde)